Eis a questão - Postagem Temática

Do que eu não quero saber? Das tantas coisas:

São tantas as coisas que eu não gostaria de saber,

Não gostei de saber;

Algumas coisas eu sei, mas não é tudo, graças!

De modo geral é sempre uma desvantagem.

Sou eu contra o Mundo, o ponto de vista;

A forma de pensar, de agir,

Sou eu contra o senso, sejam os comuns ou os bons.

No final sempre prevalece às circunstâncias.

O caso, a conjectura, a ocasião que fez o ladrão;

O mocinho?

Era uma hipótese,

Um blefe, uma gafe,

Um flerte.

Um uni-duni-tê. O escolhido foi você!

Tão revelia quanto, seu cavalo largado para algum lado.

Era mocinho, mas nada convencional.

Não usava bota, mas usava couro.

Não tinha um lenço vermelho no pescoço, tinha usava cachecol.

Jurava em ser bandido, mas no bom estilo Zorro, Robin Hood.

Meio quixotesco, meio shakespeariano, meio Woolf, meio Bovari,

Arriscava-se no rock, soul, na discotecagem, brega, pop’rock.

Acreditava em si,

Duvidava mais ainda.

O tropeço sempre era o seu inimigo,

A gafe a sua reluta.

O prazer o inominável

O caráter era sem igual

Vestia-se conforme a música

Tocavam-se conforme o exigido.

O segredo estava trancafiado a sete chaves,

Mas seis já estavam abertas.

Temia saber o que não queria saber.

Acha que sabia que não queria saber

Sabia que não queria saber que sabia

Era sabido

Era sábio

Caiu como um sabia.

Foi preso, engaiolado

Restrito de gozar da liberdade,

Ele nunca estava livre, pelo contrário

Aquela cena, ali, na frente dele

Abria as margens para uma grande tela de cinema

Onde o protagonista era ele,

Tentando passar despercebido...

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Este texto faz parte do projeto Postagem Temática do Blog Sintonizados. A temática da vez foi O que eu não queria saber. A minha sugestão para o próximo tema será: Agosto