sábado, 7 de agosto de 2010

Descobri que não sabia escrever azulejo

Teorias de bar confirmam, hoje em dia, quem não souber ser educado no amor, está ferrado, como dizem por aí, seleção natural. Darwin não é a bola da vez? Então, está falado, ou você se molda ou está fora da cadeia alimentar, literalmente, e

ntretanto a questão não é tão simples assim, existe muito mais do que um pescoço comprido da girafa, por detrás de tudo isto, existe um coração que bate, no tilintar de sino, no tic tac de um relógio, no mais inestimável clichê.

Por muito tempo detestei os clichês, hoje, me detesto quando me pego num, mas consigo da risada, seja ela em qual tom, dos tropeços.

Não deixei de tropeçar, mas deixei de ficar sentido por isto. Fiz as pazes com alguns erros, me separei de alguns acertos, e continuo na constante briga entre a razão, a emoção e aquela voz que insiste em pontuar.

Detesto bagunça, mas adoro fazer uma. Amo ver tudo limpo e organizado e abomino ter que ser o responsável por isto.

Sei cozinhar e adoro comer bem, sem isto, que graça tem?

Uma das melhores sensações que sinto, são aquelas quem estampam na musicalidade das canções. Adoro ouvir música, mas não gosto de ouvir por pressão, mas me emociono quando toca aquela música que me faz destinar a alguém, nem que seja para mim mesmo. Descobri o mashup e isto me deixa feliz. Sim, somos um publico. Gostamos de misturar as músicas e sair na malemolência que ela nos levas. Viro malemolente e isto agrada e desagrada.

Cansei de agradar quem não precisa ser agradado, mas sempre os respeito. Não toco o foda-se tão rápido, mas se tocaram primeiro, não espere flores.

Empatados, voltamos a nos amar ou mutuar. Não tenho problema em ser mutante, mas não me chamem para fazer aquela novela.

Não acredito em bruxas, pero que lãs hay, lãs hay. Lãs hay! Tem gente que dúvida?

...e ninguém pergunta o que me choca.

Acredito que não me choco fácil, acredito na boa ação das pessoas e desacredito nos amigos que estão próximo. Se a culpa é sempre do Outro, que o culpamos.

Detesto ser o Outro.

Adoro descobrir que sou o Outro, que até onde me consta, ele tem o poder da verdade e da certeza, acredito nisto, mesmo sabendo que a é a maior farsa que posso produzir.

Falo disto em análise.

Ganho dinheiro fazendo isto nos outros. Apontando as cursas desta Highway.

Como diria Gessinger apud Sartre “A dúvida é o preço da pureza”.

Que descobrir é se desnudar.

Se descobrir é ficar nu na frente do Outro.

Descobrir-se é sentir-se o rei, e o rei está nu lá pelas terras dos cegos em tiroteios.

Nu, entrega-se ao abraço dos lençóis. Sempre quis deitar em lençóis de seda ou de fios egípcios, quem já conquistou tamanho deleite, diz ser inenarrável.

Quem deita ao lado é você quem escolhe.

Quem chegou até ali, foi testado e aprovado pelo seu in metro, pelo controle de qualidade do seu farejo, olhar, escuta e toque. Degustar é será o fim para o começo.

A seleção natural às avessas nos coloca em saias justas e cuecas apertadas, desejando serem uns escoceses que estão protegidos de qualquer má situação e longe de qualquer elástico.

Tudo muito livre e muito solto, m

as aprendeu que era errado.

Descobrindo as suas marcas mais morais, percorrendo as curvas, sinuosamente retas, e revelando ser somente cicatriz honrada e horrenda.

Demanda atenç(s)ão.

Refugia-se da demanda, d

emanda, d

iz quem manda, a

ma, comanda;

Canta, s

aracoteia, b

ate perna, d

irige, a

tua, d

orme, s

onha, l

evanta, fuma;

Bebe água,

coca,

vinho, b

ebe destilado, d

o outro lado;

R

etorna, e

ntorna, e

ntorta, não cai, faz gracejos, faz-se palhaço, de diabo, de pirata;

Marujo, marinheiro, p

inheiro, belisca a

zulejo;

P

ede bis;

Descobri que não sabia escrever azulejo, e descobrir é desnudar.

Estou nu.

Sou rei?

2 comentários:

Anônimo disse...

des cobrir eh des montar roupagens, eh des construir barragens, e deixar transbordar pela palavra porque ela lavra essa terra fértil como somos nós!


aninha

Andréa Mota disse...

Uau...

quando respiraste? rsrs
gostei da loucura de não ter rédeas, ser rei nos próprios versos. Gostei do blog e do jeito como escreves.

Uma coisa: procurando uma imagem da mafalda para tatuagem.. encontrei uma que você colocou com uma frase muito bacana: "Justo a mim me coube ser eu!"...

bati o martelo já.. vou fazer. Obrigada. =)