segunda-feira, 29 de novembro de 2010

La garantia soy djo


Fico impressionado como as pessoas tem interesse em saber sobre a vida amorosa dos outros. Ficou – ou sempre foi – inevitável responder a tal pergunta: Você está namorando? A resposta vira um divisor de águas, independente do seu sexo, idade, profissão, tipo físico, gostos musicais e artísticos. Todos estão fadados a responder a mesma pergunta e sofrer as consequências disto.

Reza a lenda que quando você encontra uma pessoa interessante. Daquelas que até você já perdeu as esperanças de um dia encontrar, te pergunta, você está namorando? E a resposta for SIM. Você está automaticamente impossibilitado de fazer qualquer coisa que perpasse o sorrir e acenar.

Se a resposta for NÃO! A primeira porta, rumo a solução dos seus problemas - ou o começo de todos eles -, foi aberta. Se você, solteiro (a), que anda pelas ruas, num dia de chuva, nublado, úmido, frio, triste e quarta feira – mundialmente conhecido com o dia de namorar –, segurando uma sacola de compras – que não são roupas, nem caixas com eletrônicos, mas sim, sacolas plásticas de supermercado – contendo tudo aquilo que um homem/uma mulher precisa para sobreviver a este dia. Chocolate quente já não faz mais sentido, se é você, quem tem que fazer. A resposta NÃO! Não te favorece.

Dizem os antigos, que precisamos nos relacionar. Precisamos achar a metade da nossa laranja, encontrar a tampa da panela, deparar com o chinelo velho para o pé torto, descobrir o anjo de uma asa só para voarmos unidos. Enfim! Mitos têm aos montes. Soluções que é bom. Nada!

Fico me perguntando, o que eu vou fazer com uma laranja pela metade? Me doí imaginar que eu sou um chinelo velho, já que os meus pés não são tortos. Tampa na panela? Nem se fala! Se no armário da cozinha já é uma situação problemática, imagina num relacionamento a dois? A história do anjo de uma asa só, até me chama atenção, por este lado mitológico do angelical. Depois me lembro que anjo não tem sexo, e tudo volta para estaca zero.

O jeito é construir!

Certa vez me perguntaram. Você namora?

A resposta foi automática: Defina “namora?”

_Alguém que você se dedica para estar junto.

_Se for por este parâmetro. Sou casado!

Depois dizem que eu minto em brincadeiras de verdade ou consequência. Até abro uma nota sobre este assunto. Eu falo a verdade nestes jogos, mas não sempre! Sigo a política que nem todos precisam saber de determinadas coisas, que até eu me envergonho, – de tanto que valeu a pena. Enfim! Relacionamentos amorosos. Sempre sou a favor de relacionamentos amorosos. Sejam eles com que carapaças o compõem. Seja em forma de pão, extratos bancários, DVDs, livros, bombons, alfajor, rondellis, anfitrionismo, cordialidade e portas abertas.

Amorozidade está em voga! Tal qual sustentabilidade, empreendedorismo, marketing pessoal e o Abaporu – ninguém sabe exatamente o que é!

Sexo? Isto não está garantido (só) nas relações amorosas.

Um comentário:

Ana Paula Pereira disse...

Que pensamentos que fazem palavras que fazem pensamentos mais que sinceros desses
"Somos nossa memória,
somos esse quimérico
museu de formas inconstantes,
esse amontoado de espelhos rompidos"
observa-dores do desejo
do sexo e do amor e vê
cores di versos tons
toques da vida íntima
teu texto me faz, pensar e é agradável!