quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Solidão Urbana (repost)

...então ele parou, acendeu seu cigarro e deu o primeiro gole de café preto. Os pensamentos corriam a solta em sua mente, não sabia aonde seus devaneios chegariam, entretanto, sabia que chegariam em algum lugar. Certamente naquele sofá que ele estava sentando, questionando o que deveria fazer naquele dia insosso, sem sol, sem chuva, apenas com nuvens no céu.
As suas sobrancelhas era a única forma de comunicação com o mundo, oras reprovando o pensamento, oras duvidando, oras aprovando, oras não compreendendo ao certo o porque de tudo aquilo. Por que sim era muito pouco para os seus questionamentos matinais.
Levanta, após ter fumado todo o cigarro e bebido todo o café.
Tudo aquilo era pouco para sua ambição, mas era o bastante por todas as suas conquistas.
Estava tranquilo, porém inquieto.
Então ele parou!
Descobriu que dentro de suas ansiedades existiam ansiedades, e queria preencher de alguma forma, algo que estivesse ao seu alcance. Olhou pela janela e ali ficou.
E justamente nessa janela que o sustentava, ele percebe que naquele dia tão insosso, ele acordou para ser, apenas, mais um personagem, de algum quadro Hopperiano. Solidão urbana, realmente existe e ele sabia lidar bem com isso.
(Toca o telefone)
Alô...

Nenhum comentário: