terça-feira, 19 de janeiro de 2010

2010


Janeiro é o mês onde a fé está sobrevoando as nossas cabeças. Acredito que é inevitável não ficar pensando nos meses que virão daqui para frente, mesmo sabendo que quando estivermos lá pela metade do ano, vamos desejar este mês.
Acontece que temos a sensação que desde o primeiro dia do ano temos uma prévia de chá do que está para acontecer. Em suma, se iniciou o ano bem, o ano será do bem, se iniciou de forma ruim o ano continuará ruim...
Teoricamente sabemos que isso não é equacional, mas ao mesmo tempo, cremos que essa equação funcionará.
Eu sou do grupo que está torcendo que o ano de dois mil e dez seja exatamente igual aos poucos dias que vivemos. Se continuar assim, está mais do que bom!
Sei que são tantos fatores, começando por ser um ano par!
Sempre tenho a sensação que os anos pares são melhores, com raras exceções! Mas como tudo nesta época do ano é resultado de simpatias, agradeço por ter comido as cerejas na noite de réveillon, ou melhor, tê-las comido aos montes. Agora é aguardar para ver se a cor, verde (esperança e as verdinhas) da roupa e o símbolo de paz e amor estampado dêem certo. Dando certo valor e uma maior torcida para as verdinhas, não as notas de um real, pois estou desejando os dólares.
Entretanto, seria injusto pensar que a virada de ano é obrigatoriamente um ciclo que iniciou, até por que o término do ano passado, não deixou a desejar.
Pensando no primeiro post deste ano, me veio na cabeça um texto da Martha Medeiros que li anos atrás, o título se não me engano é Pessoas Habitadas (vale à pena pesquisar). Basicamente, Martha Medeiros, fala sobre a importância de ser/conviver com pessoas que dentro delas há alguém, ou seja, com conteúdo.
Seria clichê demais imaginar que o mundo está escasso de pessoas com conteúdo, salvaguardando nós mesmo e alguns amigos finos, elegantes e sinceros. Discordo! Creio que todos nós temos algum conteúdo interessante para não deixar o papo morrer, entretanto, o que está nos faltando é um bom recipiente para que esse conteúdo seja despejado.
Uma mesa de bar, um sofá confortável, um jantar entre amigos, seria o melhor recipiente para conseguir um bom papo. Porém, acredito que não há melhor recipiente do que conhecer pessoas novas!
Final do ano passado e inicio deste ano, confirmei uma teoria já conhecida, mas traduzida de forma convidativa por uma grande amiga “todos nós já nos conhecemos, basta nos encontrar”. Dito e feito! Eu e meus fieis amigos decidimos que não havia mais tempo para não se encontrar com esses conhecidos desconhecidos.
Conhecemos muitas pessoas legais neste final e inicio de ano. Pessoas (ou melhor, grupos) com outro estilo de vida, com outra leitura (nem por isso melhor ou pior) de mundo, mas com o mesmo desejo de conhecer pessoas.
Quando conhecemos uma pessoa que é amiga de amigos, acabamos fazendo a função de nos apresentar como bons amigos do amigo, tratando bem, sendo cordial, simpático, atencioso, tudo para fazer jus a amizade que possibilitou este encontro, mas há uma peculiaridade diferente quando o seu grupo de amigos conhece outro grupo de amigos.
Todo grupo de amigos é composto por um falante, por um receptor, por um piadista, por um sedutor, por um mediador e por um observador. Acontece que quando se entra em outro grupo, ficamos com dois falantes, dois receptores, dois piadistas, dois sedutores e assim vai...
Conhecer pessoas exige um grau de sociabilidade e de boa resolução pessoal, sem este binômio não há recipiente que agüente.
Certa vez escrevi e sei que Martha Medeiros, fez o mesmo, sobre o poder de sedução que usamos para conquistar as pessoas e de quanto é prazeroso se apresentar. Quando nos apresentamos para as novas pessoas, conseguimos passar a imagem mais límpida daquilo que acreditamos ser, especialistas chama isso de marketing pessoal, eu chamo de finaeleganciasincera! Pois é nestas horas que até nós mesmo acreditamos que somos aquilo que estamos representando. Longe de soar falso, mas psicologicamente saudável. Vender-se é um trabalho ardo e cansativo, por outro lado é extremamente divertido. É no vende-se que conhecemos as outras pessoas, nos reconhecemos e acima de tudo bancamos os bem resolvidos.
A grande brincadeira é conseguir ser o mais aberto a experiência vivida pelo outro e tomá-la como interessante ou minimamente normal!
Não há mais tempo para se bancar de mal resolvido, quando o assunto é conquistar, seja por qual via for! Pois se deu certo no inicio do ano, porque daria errado no resto dele?
... que eu tenha cereja e verdinhas!

2 comentários:

Grazi Ju disse...

é óbvio que as duas primeiras coisas que eu fiz ao ler esse texto foi:

1) procurar no google o texto de ilustre martha medeiros...

2) pensar qual tp de amiga eu sou (falante, receptiva, piadista, sedutora, mediadora ou observadora)

acredito que muitos farão o mesmo!
;)

Fran disse...

Eu acho gigno! Maaais e maais pessos habitadas na minha vida, por favor? hahahahha
:**
E eu que nem gosto de cerejas, comeria um caminhão!