BBB

Esses dias me perguntaram: Porque você assiste Big Brother Brasil?
Não precisei pensar para responder, ela estava na ponta da língua, em dez edições eu tinha que saber o porquê acompanho.
Por que ele é bom! Foi o que respondi.
Acho interessante a pauta BBB, não pela sua qualidade, de conversa e de entretenimento, mas de seus desencadeadores morais.
Sempre quando esse assunto entra em debate, seja em rodas de amigos ou em tweets no Twitter, fica claro que a galera se pega com o fato de BBB ser tão polêmico e tão global (dando maior ênfase ao fato de ser global. Hoje em dia é cult renegar as raízes globais, afinal de contas, todos os popcults só assistiam manchete e tv cultura!).
Outra coisa inevitável quando a pauta é BBB, é os argumentos que o Big Brother se assemelha com um zoológico humano. Paradoxo lingüístico a parte. Discordo! Primeiro por ser um argumento clichê e segundo porque os observados não são apenas eles que estão dentro da casa, mas nós mesmo, os que assistem, participam e votam.
O interessante do BBB não é a qualidade das provas do líder, do anjo ou de quem será indicado ao paredão, mas sim, quem é eliminado.
A minha leitura é sempre para o público. O que estão vendo, achando, se pegando.
Brinco que o Big Brother Brasil dita regras, moda, estilos e comportamento anual. Todos os anos, os nãoseiquantos selecionados são monitorados aos mais loucos testes de concentração, de autoconhecimento, convivência, política, estratégia e romances. O que der certo vira moda e tendência até o BBB do ano que vem.
Ou vão me dizer que nunca viram alguém passando na rua com uma tatuagem igual de um ex-bbb? Só aquelas listrinhas do braço do Max eu já vi uns cinco. Sem contar as diversas variações da mesma.
Maria Eugênia é difícil de lembrar, mas impossível de esquecer. Alô galera de cowboy, alô galera de pião, tocou em muitas festas, se é que ainda não toca em formaturas ou flashback 00’. Ainda bem que iarnuou... iarnistilve nunca tocou, ou pelo menos, não onde eu frequento. BBB5 foi o melhor, sem dúvida! Tanto que saiu a Grazi Massafera de lá de dentro. Alemão (outro vencedor) conquistou o Brasil e por consequência o prêmio, não por seus dotes políticos de bom morador da casa, mas por consagrar o seu lugar de macho alfa e autorização de um triangulo amoroso. Tanto que Fani se assumiu bissexual e estava disputando um lugar para este BBB no grupo dos coloridos. Alemão é o apresentador do programa Eliminação no canal Multishow e a Iris está no TV Fama levando bronca do Nelson Rubens. O Rafinha do BBB8 ninguém sabia se ele era emo ou emo, mas por coincidência ou não ele ganhou no auge da moda emo! A catarinense Ana inaugurou aquele coração com as mãos (eu nunca tinha visto até ela mostrar), tanto que hoje as demonstrações de amor em aglomero ou em fotos é sempre este! Enfim! Big Brother Brasil é mais do que se pode ver através de uma espiadinha.
BBB é a união do culto com o supérfluo, do certo e do errado, do “não assisto” com o “acompanho”, do “se eu estivesse lá...” com o “eu não entraria”.
Ele é um mix social.
Onde qualquer demonstração de carinho/excitação, vira escândalo nacional, chocando até Pedro Bial.
Tessália não me deixa mentir!
Detalhe teve muita gente no território da Tessália, ou seja, no Twitter que postou que jamais faria sequissoral, desculpa o neologismo, em alguém dentro da casa. “Falsos moralistas” já disse Bial. Concordo com ele, pois só não faria quem estivesse sozinho na casa, pois ficar de beijos, carinhos e amasso o dia inteiro, quando a noite cala. Um edredom torna tudo mais invisível!